sábado, 29 de setembro de 2007

Nouvelle Vague



Em um primeiro tempo - O
Antigo Testamento
um ser humano
(um homem)
é salvo da queda
por outro ser humano
(uma mulher)
(a mesma)
é salva da queda
por outro homem
(um outro homem)
Mas a mulher descobre que o
outro homem é também o
primeiro, que o segundo é
(agora e sempre) também o
primeiro
e portanto uma revelação.
E se o homem disse o mistério,
a mulher revelou o segredo.

Há um mundo se fazendo em bom e alto som, se afogando em tais visões. Há também um outro mundo, o mundo que resiste nas imagens, no silêncio do quadro criador. Quando morre alguém que se ama e admira, às vezes se tem necessidade de lhe traçar o perfil. Não para glorificá-lo, menos ainda para defendê-lo; não para a memória, mas para extrair dele essa semelhança última que só pode vir de sua morte, e que nos faz dizer "é ele". As linhas ou os traços vêm forçosamente de mim, mas eles só são bem sucedidos se é ele quem vem ocupar o desenho: o cinema.



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