sábado, 29 de setembro de 2007

Ímpeto e Diferença

NOUVELLE VAGUE easondas domar prenome carmem. Prénon Carmen, um filme de embates de corpos; o tempo todo os amantes, Carmem e José, chocam-se, nas falas, nos corpos.
Corpos de violencelos, planos de corpos de violoncelos alternam-se, graves arcos tocam as cordas do instrumento musical. E planos de ondas dos mar, num vai e vém contínuo, a refazer sempre o movimento.
Imagens, sucintas, e eternas de seriedade,e constância, as mesmas dos corpos em ímpetos que refazem-se, trágica e passionalmente. E quando a mão de José acaricia a imagem de uma televisão fora do ar, sabe-se deste "Eros doente".

Em NOUVELLE VAGUE, não é a ópera, nem a televisão. È a natureza, é em meio a natureza à beira de uma auto estrada que entra-se num universo da repetição, dos erros das relações humanas, na morte imposta a quem se ama por descuidos e descasos. O mar se agita, a tempestade cai, corpos dos amantes salvos por força da montagem do cinema que assim decide, decide pela superação, numa reflexão nada sombria, nem propriamente cristã, do que nos fazemos.

A gentileza vence na reflexão de um enredo em que o diferente é o mesmo, sobrevive À despeitos das repetições dos erros de sempre.

Porque é uma nova, uma boa.uma onda vaga. une nouvelle vague.

Un éternel retour.

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