segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Aquilo que Não se Escreve

A presença da escrita, o exílio das palavras. A grande biblioteca desenvolve as cópias do esquecimento. Uma palestrante ensaiada diz a uma pequena platéia as imagens da palavra, os desenhos modulados pela voz; pergunta os nomes de alguns dos presentes. Muitas fileiras vazias. Não é uma sala de cinema, mas poderia ser um filme que não chega aos ouvidos, que morre no percurso. Ninguém se lembra de nada. Somente a natureza lá fora consegue em silêncio demonstrar alguma coisa. Eles passam uns ao lado dos outros sem se tocar. É o que todo mundo faz o tempo todo. Antes do nome, há a aurora.

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