R.P.
eu mudei o nome do blog de Conciso para Composições por certos motivos.
Conciso é um sonho meu de escrever importâncias de forma simples, ou concisa... mas passei a usar o blog dentro de outra perspectiva, aquela de compor textos e fotos ( como ensaiava no BRUCTUM)......
num sentido de fazer resumos, ensaiar composições de personagens, ensaiar certas composições em torno de certas figuras, seres, fatos ( trechos biográficos de Greta Garbo, ou Marlene Dietrich velhinha dando duro no trabalho com uma orquestra, incêndio na Amazônia... você sabe, dentro de uma linha de variedades, ATUALIDADES) daí considerei que COMPOSIÇÔES ( de atualidades, entende o que procuro?) era muito mais próprio, adequado...
o que achas?
M.M.M.
Eu me lembro quando falei dos eclipses dentro de O Conciso. E coincidentemente na época você estudava os movimentos do mesmo dentro do filme de Antonioni. Agora Composições possui a atualização que você busca agora, é que o endereço formal ainda é Conciso, por isso as vezes remeto dessa forma. Realmente é mais próprio, concordo com a alteração. Essa linha de variedas criadas por você.
Eu me lembro quando falei dos eclipses dentro de O Conciso. E coincidentemente na época você estudava os movimentos do mesmo dentro do filme de Antonioni. Agora Composições possui a atualização que você busca agora, é que o endereço formal ainda é Conciso, por isso as vezes remeto dessa forma. Realmente é mais próprio, concordo com a alteração. Essa linha de variedas criadas por você.
R.P.
ah queria que comentasse sobre Fellini em COMPOSIÇÔES ( experiência, ficção, arte). sobre função e fator.
ah queria que comentasse sobre Fellini em COMPOSIÇÔES ( experiência, ficção, arte). sobre função e fator.
M.M.M.
Mas eu não sei como postar lá, é dentro da sua conta. Poderia escrever nos comentários ou você transcrever para lá. Gostaria que eu refletisse melhor e escrevesse mais sobre a função e o fator felliniano ou utilizaria o comentário de ontem ? [A função fellianiana. O fato Fellini. A função. O Conciso agora Composições me trouxe imediatamente uma idéia matemática para todo o balé imaginativo da obra de Federico, somente pelos títulos. Preciso ler com calma depois. Estaria Federico dentro de Composições dos números complexos, o conjunto solto, abrindo fendas da fantasia na realidade e da realidade na fantasia ? Cada personagem um algarismo de sua grande aritmética onírica. ]
Mas eu não sei como postar lá, é dentro da sua conta. Poderia escrever nos comentários ou você transcrever para lá. Gostaria que eu refletisse melhor e escrevesse mais sobre a função e o fator felliniano ou utilizaria o comentário de ontem ? [A função fellianiana. O fato Fellini. A função. O Conciso agora Composições me trouxe imediatamente uma idéia matemática para todo o balé imaginativo da obra de Federico, somente pelos títulos. Preciso ler com calma depois. Estaria Federico dentro de Composições dos números complexos, o conjunto solto, abrindo fendas da fantasia na realidade e da realidade na fantasia ? Cada personagem um algarismo de sua grande aritmética onírica. ]
R.P.
mas eu tenho aquelas proposições suas sobre "l'Eclisse" mais atuais do que nunca agora, quando me recomendastes pausas, silêncios que procuro em TRANSE ficcionalizado.
tuas proposições estão nos rascunhos. é que eu quero criar uma linha entre os posts de forma que se crie um convite à leitura. mas as tuas propostas, tuas anotações sobre os poemas clássicos, sobre o quanto eles registram estão em COMPOSIÇÔES, lá embaixo. mas não quero que sejam somente registros, a não ser como atualizações deles!
pus esse Fellini agora porque, em Composições, o coloco em perspectiva de anotações de cultura, afetos de Fellini que ajudam à concepção de BRUCTUM quanto aos afetos da cultura, da vida...
M.M.M.
Seria composições um certo duplo de Bructum ? No sentido dele reunir não um espelho, pois não se precisa se olhar para falar consigo mesmo ou ver sua própria imagem. Composições que ajudam à concepção de Bructum. Eu notei que lá há trechos de outros intercerssores, há o que disse sobre os poemas clássicos, as fotografias, sobre Beuys e os de Ranieri e Diego, se não me engano. Percebo ali como uma dobre dentro do fazer que há Bructum, como se Composições além de atualizações, experiência, ficção, arte, fosse também Reuniões. E as conversas que tivemos semana passada sobre Fellini foi muito proveitosa pois trouxemos naturalmente durante a troca ele, foi um resgate.
Seria composições um certo duplo de Bructum ? No sentido dele reunir não um espelho, pois não se precisa se olhar para falar consigo mesmo ou ver sua própria imagem. Composições que ajudam à concepção de Bructum. Eu notei que lá há trechos de outros intercerssores, há o que disse sobre os poemas clássicos, as fotografias, sobre Beuys e os de Ranieri e Diego, se não me engano. Percebo ali como uma dobre dentro do fazer que há Bructum, como se Composições além de atualizações, experiência, ficção, arte, fosse também Reuniões. E as conversas que tivemos semana passada sobre Fellini foi muito proveitosa pois trouxemos naturalmente durante a troca ele, foi um resgate.
R.P.
o espetáculo Semi -Esforço: VISION vive de quadros de culturas, tipos, crises da cotidianeidade brasileira, bem, cariocas... estes traços estão nas perfomances de Tonho e Tõnia... e uso COMPOSIÇÔES para algumas notas, onde FEllini tem seu lugar...quanto ao grotesco lírico, quanto às crônicas, quanto ao documento ( por exemplo de LA DOLCE VITA).
o espetáculo Semi -Esforço: VISION vive de quadros de culturas, tipos, crises da cotidianeidade brasileira, bem, cariocas... estes traços estão nas perfomances de Tonho e Tõnia... e uso COMPOSIÇÔES para algumas notas, onde FEllini tem seu lugar...quanto ao grotesco lírico, quanto às crônicas, quanto ao documento ( por exemplo de LA DOLCE VITA).
por isso estou dando ESPAÇO À Fellini...que tem suas influências que precisam ser atualizadas quanto às suas crônicas e VISÕES... que tem a ver, em diferentes graus, tanto com o neo-realismo como com o espetáculo.
M.M.M.
´o espetáculo Semi -Esforço: VISION vive de quadros de culturas, tipos, crises da cotidianeidade brasileira, bem, cariocas... estes traços estão nas perfomances de Tonho e Tõnia... e uso COMPOSIÇÔES para algumas notas, onde FEllini tem seu lugar...quanto ao grotesco lírico, quanto às crônicas, quanto ao documento ( por exemplo de LA DOLCE VITA).´
´o espetáculo Semi -Esforço: VISION vive de quadros de culturas, tipos, crises da cotidianeidade brasileira, bem, cariocas... estes traços estão nas perfomances de Tonho e Tõnia... e uso COMPOSIÇÔES para algumas notas, onde FEllini tem seu lugar...quanto ao grotesco lírico, quanto às crônicas, quanto ao documento ( por exemplo de LA DOLCE VITA).´
Sim, exatamente. Por isso aquela minha heresia caiu muito bem eu acho, em certo momento. Porque eu vejo Semi - Esforço : VISION esta noção felliana atualizada, mas eu noto em Tonho e Tônia algo de Blow Up, na performance, se falar de uma certa alusão a Zabriskie Point nestes personagens.
R.P.
não se trata de críticas aos FIlmes de Federico Fellini mas de estudar suas visões... atualizá-las... tento isso no espetáculo-perfomance SEMI-ESFORÇo: VISION que faz parte do romance BRUCTUM...
não se trata de críticas aos FIlmes de Federico Fellini mas de estudar suas visões... atualizá-las... tento isso no espetáculo-perfomance SEMI-ESFORÇo: VISION que faz parte do romance BRUCTUM...
as perfomances de Tonho e Tônia é , são composições, livres, em cima da realidade...por isso penso em FEllini, suas ficções, seus documentos...suas crônicas...
M.M.M.
as perfomances de Tonho e Tônia é , são composições, livres, em cima da realidade...por isso penso em FEllini, suas ficções, seus documentos...suas crônicas... '
As perfomances de Tonho e Tônio eu vejo sim em Fellini no sentido substancial, porém vejo Antonioni no sentido material. Mas isso vem daquela coisa sempre presente em mim, aquela noção de substância e matéria. Vejo substância de La Dolce Vita, mas matéria de Blow Up. Porém a substância é colorida e a matéria é preto e branco. E por mais heresia que possa ser como você aponta hehe seria um bom exercício - de visão - essa inversão.
Seus personagens são sujeitos, são o limite de um movimento contínuo entre um dentro e um fora. É aquilo de ir além de processos de subjetivação, mas novos tipos de acontecimentos, acho que você poderia tentar ir dentro dessa linha até por pensar em atualização. Acontecimentos qie não se explicam pelos estados das coisas que os suscitam, ou nos quais eles tornam a cair. Eles se elevam por um instante, e é este momento que é importante, é a oportunidade que é preciso agarrar.
R.P.
estáis com essa mania de duplo hein
estáis com essa mania de duplo hein
M.M.M.
Nem estou tanto, é que há pouco intervalo de tempo entre hoje e a última vez que usei o termo. Mas eu falasse sobre Eros doente, você diria também sobre essa mania hehe
Nem estou tanto, é que há pouco intervalo de tempo entre hoje e a última vez que usei o termo. Mas eu falasse sobre Eros doente, você diria também sobre essa mania hehe
R.P.
reuniões!
reuniões!
escrevi há pouco notas importantes... DILERMANDo lida com uma equipe ( o iluminador, o músico e sonoplastas, TONHO e TÔNIA) ele é um construtor textual do espetáculo- perfomance... e um narrador dessa aventura... são duas coisas: ele dá verbo às perfomances e ele narra BRUCTUm... estou trabalhando isso.... como construtor textual de perfomances do espetáculo-perfomance SMI-ESFORÇo; VISION, no teatro O Mais da Vida ele está Às voltas com uma equipe, uma criação coletiva...
e o narrador do romance BRUCUTM... e ele também é um indivíduo, um personagem... tento pensar isso quanto a este romance, BRUCTUM, que quero escrever.
agora, quanto Às participações , reunião, como falastes, eu gosto de incluir fontes... coisas que me dizem, que brotam... Diego eu não conheço... tem um rapaz de Juazeiro, o Thiago com quem às vezes converso... o incluir por causa de seu perfil que me pareceu ter uma lógica... o formalismo de Virginia Woolf... achei engraçado, VW é formalista, o que ela acharia disso?
outro dia o Dudu disse que o Godard era formalista... fale,, MArco !
M.M.M.
Dilermando dá verbo às performances e narra Bructum sendo ele um próprio gerúndio, um continuum,uma freqüência. Pensemos então na hipótese do continuum. É uma conjectura proposta por Georg Cantor. Esta conjectura consiste no seguinte: Não existe nenhum conjunto com mais elementos do que o conjunto dos números inteiros e menos elementos do que o conjunto dos números reais. Percebe ontem eu falando sobre a razão matemática em Federico. A função fellini ? Pensemos também o conjunto, os conjuntos númericos e os conjuntos humanos, os elementos deste espetáculo, da vida, o mais dela. Um mais outro, um menos outro. Um E outro. O Mais da Vida.
Dilermando dá verbo às performances e narra Bructum sendo ele um próprio gerúndio, um continuum,uma freqüência. Pensemos então na hipótese do continuum. É uma conjectura proposta por Georg Cantor. Esta conjectura consiste no seguinte: Não existe nenhum conjunto com mais elementos do que o conjunto dos números inteiros e menos elementos do que o conjunto dos números reais. Percebe ontem eu falando sobre a razão matemática em Federico. A função fellini ? Pensemos também o conjunto, os conjuntos númericos e os conjuntos humanos, os elementos deste espetáculo, da vida, o mais dela. Um mais outro, um menos outro. Um E outro. O Mais da Vida.
Ano passado um colega disse que eu era formalista também, mas não sei o que dizer, nunca entendi exatamente isso. Discutíamos sobre a metafísica eu acho, mas eu comecei a falar sobre forma e conteúdo. O que, por exemplo, era forma e o que era conteúdo para mim num filme. Que para mim um diálogo, as falas,o que é dito é conteúdo e inscrições gráficas, a montagem era forma. E ele dizia que não, as falas também fazem parte da forma e discutimos muito tempo. De certa forma ele dizia que eu ia contra vários correntes. Eu não sei se eu seria uma formalista. Virginia, Jean ? Ah não sei dizer.
R.P.
ANTonioni no seu sentido material...humhum acho que entendo... o espaço e subjetividades puras... sim?
ANTonioni no seu sentido material...humhum acho que entendo... o espaço e subjetividades puras... sim?
andei lendo Deleuze... sobre abertura espiritual...em CInema/Movimento... que tem relações com o teu vasto... achei
M.M.M.
Mesmos os corpos em La Dolce Vita são substâncias, como se eles voassem, deslizassem pelas cenas, pelos caminhos, voláteis, gestuais, sorridentes, melancólicos. Já em Blow Up mesmo a substância é material, o próprio ar, mesmo os vazios são cheios, osespaços vazios são um corpo em Antonioni, isso sem falar em Veruscha.
Ah eu nunca li A Imagem Movimento. Há lá relações com o meu vasto ? Só li A Imagem Tempo, que tento comprar agora, mas não encontro.
R.P.
... a substãncia de LA DOLCE VITA
... a substãncia de LA DOLCE VITA
a materialidade de BLOW-UP
GIlles fala das cores e da luz... nisso que estou lendo. não entendi direito...
M.M.M.
O que ele fala das cores e da luz ?
O que ele fala das cores e da luz ?
Sim, o continuum. Há também os Axiomas de Zermelo-Fraenkel. Axioma da extensão: Dois conjuntos são iguais se eles tem os mesmos elementos. A recíproca é conseqüência da propriedade da substituição na igualdade. Axioma da regularidade (também chamdo de Axioma da fundação): Todo conjunto não-vazio x contém algum elemento y tal que x e y são disjuntos. Há outros também, como o da separação. Mas é trazer esses conceitos para a arte como o que mencionei ontem da transformação do padeiro.
R.P.
terei de ler de novo... é o desdobramento do que antes ele toca, que até percebi .sobre a luz...
terei de ler de novo... é o desdobramento do que antes ele toca, que até percebi .sobre a luz...
M.M.M.
Desdobramento do que antes se toca.
Desdobramento do que antes se toca.
Não há tempos mortos antes e depois do acontecimento, o tempo morto está no acontecimento. Seus personagens são sujeitos, são o limite de um movimento contínuo entre um dentro e um fora. Como se todo acontecimento estivesse num tempo em que nada se passa. A mídia talvez não consiga captar o acontecimento, mas o cinema consegue.
R.P.
sim , entendo substâncias conforme dizes erm La DOlce VIta... mas o vazio, a falta determinada de inspiração em OTTOMEZZO?
sim , entendo substâncias conforme dizes erm La DOlce VIta... mas o vazio, a falta determinada de inspiração em OTTOMEZZO?
M.M.M.
Mas o vazio em Otto Mezzo é diferente do de Blow Up. E mesmo se ele forma matéria, um corpo, é uma outra coisa. É como se um fosse astigmatismo e outro estrabismo.
Mas o vazio em Otto Mezzo é diferente do de Blow Up. E mesmo se ele forma matéria, um corpo, é uma outra coisa. É como se um fosse astigmatismo e outro estrabismo.
R.P.
a crise?
Fellini parou muito na nostalgia em seus últimos filmes,,, desde Amarcord...
M.M.M.
São crises iguais da arte, pois tanto Guido Anselmi e Thomas, o cineasta e o fotógrafo estão em crises, num mundo em crise. Mas os giros são diferentes, as direções. Eu imagino uma esfera. Colocamos a mão direita em cima e a esquerda em baixo. A de cima giramos para dentro e a de baixo giramos para fora. Este descompossado há em ambos, a crise. Mas cada um gira de uma forma, é uma crise ao mesmo tempo igual e diferentes, pois a arte está em ambos, apesar dos ambientes, da história, do tempo.
São crises iguais da arte, pois tanto Guido Anselmi e Thomas, o cineasta e o fotógrafo estão em crises, num mundo em crise. Mas os giros são diferentes, as direções. Eu imagino uma esfera. Colocamos a mão direita em cima e a esquerda em baixo. A de cima giramos para dentro e a de baixo giramos para fora. Este descompossado há em ambos, a crise. Mas cada um gira de uma forma, é uma crise ao mesmo tempo igual e diferentes, pois a arte está em ambos, apesar dos ambientes, da história, do tempo.
R.P.
o matemático lírico! percebo o que falas...
o matemático lírico! percebo o que falas...
mas a crise? o continuum em otto mezzo?
SIM... o continuum em que Fellini foi sempre um mestre. ver sua evolução , do neo-realismo ao espetáculo, À fantasia...
ESSE É UM PROBLEMA QUE O SEC. XX deixa...
Fellini beirou limites, mas curvou-se À nostalgia... de certa forma... dizia que " não se fazem mais aeroportos para minhas aeronaves..."
a crise de Otto Mezzo ... e a de Blow UP
astigmatismo e estrabismo... escreva sobre isso e esses filmes...filme!
porque La DOlce Vita e Blow- Up são emblemáticos para se tocar no sec. XXI... pense só... a diversão... e a adesão à ilusão...
filme estes problemas óticos. procure essas imagens e AS ILUSTRE com atualidades.
M.M.M.
Sim, eu adoraria escrever, filmar sobre isso. Pois cada vez eu me percebo mais envolto nessa questão de imagens, de luzes, a questão óticos. E como você disse, tais especificamente são filmes emblemáticos para se tocar no século.
Sim, eu adoraria escrever, filmar sobre isso. Pois cada vez eu me percebo mais envolto nessa questão de imagens, de luzes, a questão óticos. E como você disse, tais especificamente são filmes emblemáticos para se tocar no século.
O astigmatismo estaria no filme de Fellini, pois estaria remetendo à córnea ou ao cristalino formando uma imagem em vários focos que se encontram em eixos diferenciados, um passo anterior, digamos. Enquanto que o estrabismo se nota nos próprios olhos, no passo posterior, na perda do paralelismo entre os olhos. No astigmatismo todos os objetos parecem distorcidos. No estrabismo é o próprio corpo "distorcido". E pensando historicamente, na época, o que aconteceu no ano de um filme e do outro, o tempo entre eles, eu vejo bem essa relação.
Nesta minha idéia, em 1960 as coisas as coisas pareciam se distorcer enquanto que em 1966 tudo já estava com certa distorção, um lado não correspondia ao outro enquanto que antes havia um paralelo, mas a visão já denunciava um mundo distorcido.
Astigmatismo. Estrabismo.
La Dolce Vita. Blow Up.
R.P.
acho que você pode trabalhar isso. e filmar para o cinema. com questões pertinente, abertas.
acho que você pode trabalhar isso. e filmar para o cinema. com questões pertinente, abertas.
visando uma perspectiva que você pode achar... porque as questões têm suas economias, quer dizer... como eu descubro escrevendo... as questões estão no meio de quê? o que vem antes pode dizer o que vem depois, suscitar uma questão...
você tem um interesse pelos " raccords"... você não é muito preso à História , mas se interessa por conceitos... procure situar uma economia ( fílmica, textual) em que voc~e possa desenvolver seus passos, suas mãos... não sei se estou sendo muito abstrato... mas ando descobrindo, no compasso da escrita, que tudo pode, com boa vontade, ser apresentado... é importante que estejas envolvido com certo material... fique seguro de que ele existe, é pertinente...e persevere com ele!
qual o material que mexes nas tuas anotações? em que tocas?
é uma pergunta quanto às tuas anotações...
tenho anotado em que me apóio para escrever... a primeira vista num prazer da encenação...
encenar literariamente as perfomances de Tonho e Tônia...
posso encená-las com prazer? mas há a construção de um texto...de uma narrativa...então me interessei por uma questão literária pela qual nunca tive interesse... o narrador.
É DIlermando...entre ele e TONHo existe uma certa química, um interesse... mas há Tônia, amiga de Tonho... como Tônia é? comecei a pensar. Principalmente como TONHo é?
M.M.M.
Sim, me interesso mais pelos conceitos do que à História. Gosto das suas perguntas sobre o material das anotações, daquilo que é tocado, em que e como aconteceu.
Encenar. Escrever é uma encenação, filmar é uma encenação. Estes movimentos de encanar é constante para se criar, recriar coisas. Dos movimentos físicos de Tonho e Tônia até os movimentos químicos de Dilermando e Tonho. E a narração uma instância de tempo que se movimenta.
R.P.
não são só perfomers de numeros interessantes...sim, pois ela tem certa ambição... e Tonho? tem interesse orgânico por que ele pode desenvolver...
não são só perfomers de numeros interessantes...sim, pois ela tem certa ambição... e Tonho? tem interesse orgânico por que ele pode desenvolver...
há um narrador que conta sobre eles... estou pensando nessas economias dos personagens... e chego a Dilermando que é construtor textual de um espetáculo que tem que conceber... e conviver com a equipe... mas é, também, um jornalista...
é, dramaturgicamente, então que penso essas economias de cada um... aí surgem questões literárias... como o narrador... Dilermando... ele escreve para o espetáculo e narra o romance... ele, como indivíduo, tem suas posições...
isso no fluxo do escrever pode não ser determinante, pois a criação é sempre livre. e que bom que seja!
M.M.M.
A criação é livre. Seria a vida também ?
A criação é livre. Seria a vida também ?
R.P.
mas existem formas literárias das quais não posso fugir... preciso conhecer como se manifestam nesta narrativa...emtão penso neste duplo, como dizes... neste triplo em relação a DIlermando...e em relação a TOnho e Tõnia, sober quem ele, originariamente, escreveu para o Jornal do Bairro em que trabalha... coloca-se questões de escrita, de pontos de vistas... ele como jornalista... ligado a fatos. ele como dramaturgo... aí vão aparecendo as coisas que se podem apresentar quanto a estas formas... entende o que quero dizer? tem que ser situadas as economias, de que são feitas as coisas...aí acho que entram as substãncias... DIlermando quer criar, plasticamente, no espetáculo...mas ele não é o único. tem o que seus atores fazem...e ele narra... estou no meio desta malha de coisas...
hum a vida livre, MArco quando a gente arranja um jeito! e isso não é nada fácil. custa pra caramba. subjetivamente e materialmente... eu me consumo muito, consumo meus recursos graças a Deus renováveis... sempre fui um poeta e um esteta que não se assumia e hoje eu posso crer, praticando, isso... A CRIAÇÂO é maravilhosa pois permite... a vida hum... é cheia de imprevistos e determinações outras...
M.M.M.
As economias situadas, os excessos sitiados. Todo e qualquer lugar ocupado por um determinado corpo. Esta grande malha de coisas, fabulosa e extensa.
R.P.
não se deve desgostar dela por isso... são arrumações já dispostas. pelos pais, pelas nossas condições... pelo que aprendemos a fazer ou não fazer...
não se deve desgostar dela por isso... são arrumações já dispostas. pelos pais, pelas nossas condições... pelo que aprendemos a fazer ou não fazer...
tem que se ter paciência para se tocar, se encontrar... custa!
movimentos de encenar são próprios da personalidade...
M.M.M.
Julio Bressane diz.: " Para se gostar de alguma coisa, é preciso ter paciência."
Julio Bressane diz.: " Para se gostar de alguma coisa, é preciso ter paciência."
R.P.
mas é! quando eu sei que algo é bom. hum paciência, compreensão... e atitudes, claro!
mas é! quando eu sei que algo é bom. hum paciência, compreensão... e atitudes, claro!
Todo e qualquer lugar ocupado por um determinado corpo. Esta grande malha de coisas, fabulosa e extensa.
guarde isso para situar-se. a vida psíquica é muito confusa...dá muito trabalho. Ah
M.M.M.
E é muito fácil se perder.
R.P.
em LOVISA garbo pergunta ao garoto e ao rapaz, a mim!, se escrita é perder-se... ah fiquei com problemas, mas amei ela ter esta liberdade... tão perigosa. sim, porque fiquei problemático em relação a ela, Garbo, de personalidade tão rigorosa!
em LOVISA garbo pergunta ao garoto e ao rapaz, a mim!, se escrita é perder-se... ah fiquei com problemas, mas amei ela ter esta liberdade... tão perigosa. sim, porque fiquei problemático em relação a ela, Garbo, de personalidade tão rigorosa!
M.M.M.
Talvez seja um perder-se consciente do aventureiro e inconsciente da aventura ou vice versa, dependendo da escrita.
Talvez seja um perder-se consciente do aventureiro e inconsciente da aventura ou vice versa, dependendo da escrita.
R.P.
eu no auge da minha crise contigo ( ou tua comigo, acho...) falei-me: é nas dificuldade que nos achamos. disse para meu coração
eu no auge da minha crise contigo ( ou tua comigo, acho...) falei-me: é nas dificuldade que nos achamos. disse para meu coração
M.M.M.
E nos prazeres que nos perdemos. E o mundo não foi sempre assim ?
E nos prazeres que nos perdemos. E o mundo não foi sempre assim ?
R.P.
GArbo era bem aventureira em sua mais alta idade... gostava de caminhar, caminhar pelas ruas de Nova York... ela diz que, às vezes, atrás de um ombro qualquer com que simpatizasse.... uma deusa da Beleza, imagina! mas não era louca, pelo contrário . ou era. afinal, era muito linha dura! exigente!
amei uma história dela... ela contando para um amigo sobre uma mosca que quis ficar sua amiga!
ah os prazeres. mas Marco temos que saber como ficamos com eles. eu não os evito, mas procuro cuidar-me. quer dizer APRENDO. ih como custa. sou formado pelos anos setenta, dos prazeres, das loucuras... do deixar-se...
o mundo É assim
não se deve ser duro consigo. não mesmo.
M.M.M.
É. Preciso aprender a não ser duro. Formado pelos anos 00. Juventude Ano Zero.
É. Preciso aprender a não ser duro. Formado pelos anos 00. Juventude Ano Zero.
R.P.
natureza e esforços é uma boa visão das coisas! esforços de aceitar-se, também, claro!
natureza e esforços é uma boa visão das coisas! esforços de aceitar-se, também, claro!
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